Nós, como professores, enfrentamos diariamente a triste realidade da Escola Pública: as precárias condições de trabalho, jornadas diárias muito longas e exaustivas, a falta de recursos, a desvalorização como profissional, funcionários e professores descontentes e mal remunerados, alunos indisciplinados e agressivos, entre outros. Essa negligência demonstra claramente o descaso e a falta de conscientização dos governantes.
Os fatos são considerados alarmantes, se levarmos em conta, a repetição contínua dessa prática e a não intervenção de maneira eficaz.
Quem hoje, em sã consciência, quer se aventurar e encarar essa realidade?
Espera-se que possamos dar conta das graves questões que envolvem a escola hoje. Mas eu me pergunto de que maneira?
O descaso e desrespeito que enfrentamos são tão grandes que nos sentimos desmotivados a continuar a trabalhar. É tão cômodo jogar as responsabilidades nos ombros dos professores e chamar-nos de incompetentes por não conseguirmos fazer nosso trabalho direito. Somos jogados na jaula dos leões e nos vemos obrigados a “domá-los” na marra.
A política do circo realmente funciona para o marketing pessoal de candidatos e para campanhas políticas, mostram-se os dados positivos e os resultados obtidos ao longo da gestão, mas poucos veem o que há por trás disso. Cobrar o ingresso pelo espetáculo e gozar do “sucesso” é sempre mais fácil e interessante do que resolver a raiz dos problemas.
E nós somos feitos de palhaços enquanto riem e debocham da nossa cara. Caminhamos às tontas sem rumo e perspectiva, de mãos atadas. Andamos na corda bamba e não temos uma rede de segurança que nos proteja.
Contamos apenas com nós mesmos. O resto são palavras jogadas ao vento. Discursos bonitos que foram feitos para impressionar os eleitores no palanque. Promessas que não serão cumpridas, porque não se quer arrumar e pôr ordem na casa. Para muitos, a única coisa que sabemos fazer é reclamar. E de barriga cheia!
Penélope, *estamos* à beira da loucura; sou bem solidária rs.
ResponderExcluirGostei da sua ideia de fazer um blog; vou acompanhar e postar as minhas, aliás, as nossas angústias. Como disse a Elenice, somos colegas de infortúnio hehehehe
adri
Mas, Pê, como diz a minha CP, nós, professores, não somos seres normais. Há algo em nós que nos torna diferentes, especiais... Acho que é por isso que, mesmo sofrendo com todos esses problemas, insistimos e continuamos acreditando que deve haver um jeito!
ResponderExcluirBjks♥Pri
Como você, acredito que a nossa profissão não é missionária, mas necessária. Infelizmente nossa sociedade, cega pelo consumismo e imediatismo que o neoliberalismo propaga, não percebe que o caminho para uma vida mais digna e justa só pode começar a partir da Educação.
ResponderExcluirNinguém se interessa porque dá trabalho demais pensar, resolver, colocar a mão na massa.
Sim, estamos em apuros e só contamos com a gente!
Sou solidária a você, colega, e espero que ainda troquemos muitas figurinhas!
Obrigada pelo apoio, meninas. Fico feliz em saber que não estou sozinha nesta luta diária.
ResponderExcluirDaniela, nossa missão é necessária, mas ela está desacreditada.
Vamos continuar insistindo,como disse a Priscila, mas não sei até quando.
Grande beijo